domingo, 26 de março de 2017

PARCERIA : papéis pai e mae


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Atualmente, são vários os formatos familiares: famílias formadas por pai, mãe e filhos, as monoparentais, as homoafetivas, as “produções” independentes... Na nossa conversa, hoje, vou falar do modelo familiar que integra pai, mãe e filhos.

Em relação ao papel materno, quando criança, vivi no tempo onde a grande maioria das famílias tinha o pai como “Cabeça da Família e era o detentor de autoridade maior. Os pais terceirizavam às mães as responsabilidades do lar, os papéis pedagógicos, afetivos...Observávamos que as famílias “problemáticas” tinham como leitura da sociedade uma viseira luminosa onde brilhava a frase: “A culpa é da mãe que não soube educar”.

As transformações atuais pediram que a mulher alargasse o seu papel individual e social. Percebemos, nessa mulher, uma postura para não abrir mão da sua profissionalização e do seu sonho de ser mãe.

Muitas dessas mulheres exercitam uma maior coerência entre o pensar e o agir, e não mais exigem que o seu parceiro seja o único provedor. Em contrapartida, pede, com mais força, a participação do seu marido/ pai no compartilhamento dos papéis, voltados à educação dos seus filhos de forma afetiva e efetiva.

Nesse “ponto de encontro” é essencial que pai e mãe repensem suas possibilidades e limitações, para que aprendam a melhorar suas habilidades de diálogo e manejar suas diferenças, mediante uma postura colaborativa e saudável do CUIDAR dos seus filhos.

Adiante, quando for preciso soltar as mãos, pais e filhos sentirão presente uma parceria amorosa que fez a diferença para melhor.

Lígia Oliveira-psicanalista, terapeuta de casal e familia

quarta-feira, 15 de março de 2017

Terapia de Casal- A Primeira Entrevista



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 Os casais que procuram a terapia de casal, na sua grande maioria, estão vivenciando a cronificação dos seus conflitos. Assim sendo, trazem desencantos, mágoas, agressividade expostas e reprimidas, culpas,    acusações...

 Todavia, uma considerável parcela  chega, ainda, com alguns comportamentos muito importantes à melhoria da dinâmica relacional, tais como: Motivação para falar, ouvir, olhar para si para a relação e abertura( mesmo que não muito expressa) para mudança, seja essa mudança, para continuar juntos ou  seguir por caminhos separados.

Nós terapeutas de casal costumamos explicar que nossa função é  a de facilitador da conversa como ainda a  da cooperação ao entendimento do que precisa ser falado, compreendido, negociado, não aceito, modificado, reaprendido...

Em uma primeira entrevista explicamos, inicialmente, o formato do atendimento, registramos alguns dados pessoais, construímos juntos o contrato terapêutico quanto ao horário e dia das sessões. Em seguida, reforçamos a importância da pontualidade e  da frequência, colaboração do casal com o processo,  e combinamos os honorários..

Posteriormente, perguntamos sobre os objetivos do casal, ouvindo atentamente os motivos de cada um.,e posteriormente falamos sobre os objetivos terapêuticos da Terapia de Casal.

Junto com o casal vamos trabalhando a necessidade de vermos a relação em todas as suas dimensões: físicas, emocionais, psicológicas, afetivas, familiares, profissionais e espirituais. Desta forma, explicamos sobre a importância de entendermos o casal como um sistema.

Procuramos buscar as principais dificuldades da relação conjugal, mas também seus principais  recursos, fazendo a significativa distinção do que é URGENTE daquilo que é importante, também relevante, mas que será pontuado mais adiante.

Identificamos, nessa primeira entrevista os fatores que o casal, naquele momento, avaliam como principais problemas, e procuramos definir a dificuldade que iremos eleger como a ser falada e compreendida nesse período,assuntos esses que servirão de base à dinâmica do processo terapêutico.

                           Lígia Oliveira- Terapeuta de casal, família e psicanalista