Atualmente,
são vários os formatos familiares: famílias formadas por pai, mãe e filhos, as
monoparentais, as homoafetivas, as “produções” independentes... Na nossa
conversa, hoje, vou falar do modelo familiar que integra pai, mãe e filhos.
Em
relação ao papel materno, quando criança, vivi no tempo onde a grande maioria
das famílias tinha o pai como “Cabeça da Família e era o detentor de autoridade
maior. Os pais terceirizavam às mães as responsabilidades do lar, os papéis
pedagógicos, afetivos...Observávamos que as famílias “problemáticas” tinham
como leitura da sociedade uma viseira luminosa onde brilhava a frase: “A culpa
é da mãe que não soube educar”.
As
transformações atuais pediram que a mulher alargasse o seu papel individual e
social. Percebemos, nessa mulher, uma postura para não abrir mão da sua
profissionalização e do seu sonho de ser mãe.
Muitas
dessas mulheres exercitam uma maior coerência entre o pensar e o agir, e não
mais exigem que o seu parceiro seja o único provedor. Em contrapartida, pede,
com mais força, a participação do seu marido/ pai no compartilhamento dos
papéis, voltados à educação dos seus filhos de forma afetiva e efetiva.
Nesse
“ponto de encontro” é essencial que pai e mãe repensem suas possibilidades e
limitações, para que aprendam a melhorar suas habilidades de diálogo e manejar
suas diferenças, mediante uma postura colaborativa e saudável do CUIDAR dos
seus filhos.
Adiante,
quando for preciso soltar as mãos, pais e filhos sentirão presente uma parceria
amorosa que fez a diferença para melhor.
Lígia
Oliveira-psicanalista, terapeuta de casal e familia