Antes de começarmos a falar sobre a crise conjugal que pode acontecer após o
nascimento do primeiro filho, avaliamos que seja essencial algumas
observações acerca da vida intrauterina, e a influência dos estados emocionais
da mãe junto ao feto.
Estudos de pesquisa apresentada por Janet Di Petro, PhD, U.S.A. apresenta as seguintes observações aos futuros pais:
Estudos de pesquisa apresentada por Janet Di Petro, PhD, U.S.A. apresenta as seguintes observações aos futuros pais:
Em relação ao pensamento da mãe, esse não pode ser transmitido ao feto,
vez que não existem conexões neurais direta entre eles.
Entretanto o estresse e as emoções da mãe provocam uma série de reações
hormonais e variações no fluxo sanguíneo o que influencia diretamente a vida
intra-uterina.
O site despertardoparto, no artigo de Eleonora de Moraes, psicóloga e
doula, têm as seguintes afirmações:
“... Sabemos que as emoções como ira, medo, e ansiedade fazem com que o
sistema nervoso autônomo materno libere certas substâncias químicas na corrente
sanguínea, como adrenalina, alterando a composição do sangue materno que,
transpondo a barreira plancetária, modificará a bioquímica do ambiente intrauterino, onde está se desenvolvendo o feto".
"O feto terá alterações em seus batimentos cardíacos, poderá ficar
muito agitado ou muito quieto”.
O bebe consegue captar estados afetivos, tanto de felicidade,
serenidade, como também estados emocionais de tristeza e ansiedade, fala o site
guiadobebe.
O site www.webartigos.com/psiquismofetal reforça,
dentre outras, as seguintes explicações sobre a influência emocional da mãe
sobre o feto:
Na busca do
alívio das tensões o feto desenvolve mecanismos de defesa, que são expressos
através de movimentos hiperativos do corpo, reações parecidas com as do recém
nascido em sofrimento: chora e se
contorce para aliviar a tensão.
Pode ocorrer
também o contrário, a diminuição dos movimentos, que sugere decréscimo da energia
vital.
Sabemos também
que a mulher, durante a gravidez, muitas vezes sente-se mais ansiosa, vulnerável,
em determinados segmentos da vida mais insegura, e com o aproximar do
nascimento, alguns desses fatores se acentuam.
É necessário, por parte do marido, diante desse
contexto exercitar mais o seu companheirismo e propiciar à sua mulher e à
futura mãe uma vivência maior de apoio e compreensão.
A revista Veja maio de 2011, traz uma reportagem que fala sobre a
mudança do comportamento do casal, nesses últimos anos, com a chegada do
primeiro filho.
Médico obstetra e ginecologista de São Paulo, Dr.Alberto D’Áuria, fala
que muitos casais vivenciam a “crise da Cegonha”, atualmente, mais visível e
aguda, em função das mudanças ocorridas na vida das mulheres.
O filho traz alegrias, sonhos e satisfações, mas com ele vem também: troca
de fraldas, noites de pouco sono, novos papéis, novas regras e rotinas, gastos
adicionais...
Em relação ao casamento, percebemos que nesse ciclo poderá vivenciar
períodos de dificuldades.
Algumas pesquisas informam que dois terços dos casais sentem que a
qualidade dos seus relacionamentos teve mudanças negativas, no primeiro ano de
nascimento do filho. Muitos são os fatores que contribuem para essa má administração
da comunicação conjugal: O tempo dedicado à relação amorosa diminui, entram
outras variáveis como, por exemplo: relação com os avós, estabelecimento de
novas regras, papéis e responsabilidade, os quais precisam ser conversados,
negociados e seguidos para o bom andamento da saúde da família como um todo.
Todo esse repertório de vivências, se não bem compreendidos e acordados, trarão
problemas relacionais e a consequente fragilização da conjugalidade.
Em função dessas possíveis crises foram criados alguns programas para os
futuros pais, com ciclos de debate, sobre temas relacionados à criação dos
filhos. Também, uma ideia desses programas é atrair um pouco mais o homem, com
o objetivo de fazer com que esse homem-pai possa ampliar sua compreensão, como
um todo, acerca desse ciclo e melhorar a sua cooperação.
Avalio como importante reproduzir parte dos pontos desse Programa, que tem como objetivo fundamental , envolver o homem-marido e pai no processo da gestação, para que ele compreenda as transformações pelas quais passam as mulheres.
Juntos marido e mulher devem conversar e listar as trabalhosas tarefas
que a chegada do bebe exigirá: TROCAS DE FRALDA, REVESAMENTO DE FUNÇÕES, BANHOS,
LAVAGEM E ESTERILIZAÇÃO DO MATERIAL DO BEBE, DORMIDAS COM O BEBE, HORÁRIOS DE
DESCANSO... E tantas outras específicas de cada casal.
Conversar sobre os medos, dúvidas e angústias pensando na chegada do
filho, melhorará a compreensão e cumplicidade do casal.
Importante ficar claro que as decisões que envolvem a vida do filho
deverão ser conversadas e acordadas entre o pai e a mãe.
Algumas consequências (temporárias) que aparecem nos primeiros meses ao
nascimento do bebe, podem também, se não bem administradas, com paciência e boa
dose de tolerância, trazer o distanciamento do casal. São elas:
Diminuição do tempo do sono;
Diminuição dos momentos de
lazer;
Atenção mais focada no bebe;
Vida conjugal nesse período,
menos vivenciada.
Procurar, dia a dia, aprender a ir buscar, juntos, formas de aliviar o
cansaço, e lidar de forma mais positiva com as mudanças (um dia eu explodo,
outro dia seguro a barra), favorecerá a flexibilidade do casal.
OBS- Alguns estudiosos registram que os três primeiros meses depois do
nascimento do bebe, são considerados como o quarto trimestre da gravidez. É
essencial o casal saber que irão passar importantes mudanças afetivas, sociais,
individuais e conjugais
Estudos reforçam que atribuir tarefas ao pai reforça positivamente o
vínculo conjugal, vez que auxilia a mãe e melhora o vínculo pai-filho.
.Repasso,algumas reflexões importante para serem trabalhadas com os casais que esperam oa chegada do primeiro filho:
Qual a compreensão do casal acerca das citações em vermelho no texto?
Qual a contribuição de cada um para a melhoria do clima relacional?
Como vocês estão conversando sobre a colaboração após
nascimento?
Como pensam em conversar, negociar e acordar as tarefas do cuidado com o
bebe?
Como estão preparados para as consequências temporárias que o texto
fala?
Que outras perguntas poderiam ajudar mais nessa nova etapa de vida conjugal e familiar?
Lígia Oliveira- Terapeuta de Casal e Família
Obs : O resumo acima teve como base de consulta artigo da revista VEJA,maio de 2011, e textos de sites da internet:
www.despertardoparto.com.br
www.enciclopedia-criança.com
www.webartigos.com/psiquismofetal
Que outras perguntas poderiam ajudar mais nessa nova etapa de vida conjugal e familiar?
Lígia Oliveira- Terapeuta de Casal e Família
Obs : O resumo acima teve como base de consulta artigo da revista VEJA,maio de 2011, e textos de sites da internet:
www.despertardoparto.com.br
www.enciclopedia-criança.com
www.webartigos.com/psiquismofetal