Fiquei olhando eles de longe. A avó e o neto em uma dança harmônica tanto em compasso como em sintonia.
A avó, pacientemente, ensinava e reensinava ao seu neto bebê, esse, mais ou menos com onze meses, a noção do dentro e fora em uma caixa colorida, na qual quadrados, estrelas e cubos entravam e saiam tilitando em uma música que trazia o som repetitivo da amorosidade.
Os dois se misturavam nas suas vivências de aprendizado...O sorriso curioso do neto e a alegria paciente da avó me falavam sobre um mundo que estava sendo descoberto ali, naquele momento. Para a avó a presentificação da experiência reaprendida ( fico pensando como teria sido a sua maternagem com os seus filhos), para o neto a identificação de uma energia de afeto, sabedoria e disponibilidade amorosa.
Acredito muito na força desses "pedacinhos de luz" e de outros momentos similares, à criação dos nossos "amortecedores" de vida. Além de favorecerem uma base segura para os netos, funcionam como refresco à alma dos avós . Quem sabe também dos netos...
Hoje, também como avó, quieta e no meu canto, fico refletindo sobre o valor daquela necessária e afetuosa "rede de apoio" e trocas.
Observo nesse processo traansgeracional o neto dando seus passos iniciais na vivência afetiva cognitiva e emocional, e, a avó seguindo no seu intercâmbio entre o mundo "velho" e o mundo"novo", reaprendendo, com o neto, quais as bagagens, que precisam ser mais exercitadas em vida, penso eu: paciência, aceitação do momento presente e serenidade amorosa.
Lígia Oliveira- Terapeuta de família e casal
Observo nesse processo traansgeracional o neto dando seus passos iniciais na vivência afetiva cognitiva e emocional, e, a avó seguindo no seu intercâmbio entre o mundo "velho" e o mundo"novo", reaprendendo, com o neto, quais as bagagens, que precisam ser mais exercitadas em vida, penso eu: paciência, aceitação do momento presente e serenidade amorosa.
Lígia Oliveira- Terapeuta de família e casal