Os conflitos são geradores de crise, que poderão oportunizar transformações trazendo como resultados mudanças na forma de pensar, se comportar e interagir.
Os casais em conflito, na maioria dos casos, apresentam comportamentos que podemos entender como reações de defensividade.
Aparece, como primeira reação, a atitude de CEDER. Os cônjuges negam seus sentimentos, abrem mão, porque temem que o confronto possa trazer rejeição e até abandono. O segundo mecanismo de defesa seria o CONTROLE. Esse aparece como forma de fazer com que o outro ceda, mediante crítica, manipulação, procurando despertar no outro, culpa. O terceiro mecanismo é a INDIFERENÇA: o problema é ignorado para evitar desaprovação e não permitir o controle.
Barbara de Angelis, (2001) terapeuta familiar americana, nos mostra fatores que quando presentes na relação conjugal, sinalizam a presença de conflitos mal resolvidos.
Para uma melhor compreensão didática, dividiremos os fatores em fases :
A primeira fase do conflito é a RESISTÊNCIA: Dificuldades não conversadas vão se cristalizando, criando afastamento, resistências em ouvir o outro.
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A segunda fase é a do RESSENTIMENTO: Coisas ditas e feitas pelo parceiro intensificam a raiva, a mágoa. Nessa fase, pelo menos um dos cônjuge, já alimenta hostilidade em relação ao outro.
Na terceira fase, a da REJEIÇÃO, os parceiros cada vez mais magoados, desenvolvem sentimentos e atitudes de rejeição, muitas vezes sem querer ouvir o seu par, seus motivos, seus sentimentos, seus pedidos. Nesse momento, a rejeição é vivenciada de forma mais ampla e cotidiana.
É comum que o casal, em situação de embate, possa perder a amplitude da percepção para uma melhor compreensão de si, do outro, e da situação. A ansiedade torna-se companheira, e o casal fica aprisionado em ações repetitivas que contribuem para um clima de pouca auto-avaliação. Assim sendo, falta ao casal motivação à criatividade e soluções. Ninguém se sente ouvido, acolhido, pois cada parceiro localiza o problema e a solução no outro.
Para a construção de uma convivência afetiva conjugal mais funcional é necessário que o casal queira ir aos poucos, olhando para os seus sentimentos, suas dificuldades, seus recursos, suas limitações e suas habilidades de convivência. Importante que os parceiros levem em conta suas singularidades, aprendam numa dinâmica de tentativa x erro, a ir se permitindo concordar, discordar, e procurem alimentar de forma compartilhada, um clima onde se possa expor medos, desejos e dúvidas.
É necessário que todo esse caminho seja compreendido dentro de um modelo possível, pois a idealização, como também uma lente ampliada de expectativa sobre o outro, poderá comprometer o novo caminho a ser percorrido. Por essa estrada, aos poucos, o casal que deseja seguir junto, vai aprendendo a temperar o casamento com romance e realidade.
É necessário que todo esse caminho seja compreendido dentro de um modelo possível, pois a idealização, como também uma lente ampliada de expectativa sobre o outro, poderá comprometer o novo caminho a ser percorrido. Por essa estrada, aos poucos, o casal que deseja seguir junto, vai aprendendo a temperar o casamento com romance e realidade.
O olhar atento, compreensivo, pode evitar que cantemos, novamemente tristes canções .
Reflexão:
Olhando para as fases faladas pelo texto, resistência, ressentimento e rejeição, nos casais em conflito, como você compreende o seu momento conjugal?
O que no seu casamento poderia ser modelo possível da resolução conflituosa?
Reflexão:
Olhando para as fases faladas pelo texto, resistência, ressentimento e rejeição, nos casais em conflito, como você compreende o seu momento conjugal?
O que no seu casamento poderia ser modelo possível da resolução conflituosa?
Lígia Oliveira- terapeuta de casal e familiar
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