O dia a dia tão cheio de afazeres e tensões, pode ocasionar a falta de um olhar mais atencioso à relação conjugal, ao parceiro, dando chance à criação de lacunas afetivas, emocionais, pessoais, sociais ... na vida a dois.
Focando na conjugalidade, a sexualidade, observamos, que para o casal caminhar numa vivência amorosamente recíproca, torna-se fundamental o investimento dos cônjuges na abertura e manutenção de um espaço, reservando momentos para o enriquecimento do relacionamento afetivo.
É fundamental salientar o cuidado para com as expectativas muito romanceadas, idealizadas. Aceitar as próprias limitações e as do parceiro favorecerá um caminho de realizações possíveis e consequentemente a melhoria do clima conjugal.
Aprender com seu corpo e com o corpo do outro, vivenciar o que esse contato físico pode oferecer aos dois, por vezes gratificar o parceiro, fantasiar conjuntamente, experenciar a entrega e também a doação, são temperos que contribuirão para uma vida afetiva mais plena .
No tocante à comunicação verbal e emocional, falar com o outro e não só para o outro, querer ouvir e ser ouvido, compartilhar necessidades, desejos e projetos de vida, exercitar o bom humor, ou em alguma ocasiões compreender o mal humor do outro e o seu, entender que existirá dias em que precisamos silenciar e que temos limites, respeitarmos momentos de individualidade, são algumas das chaves à criação de alternativas de solução às dificuldade que surgirão.
Reforço como essencial e correlato ao trabalho corporal, que os cônjuges exercitem juntos a compreensão dos conflitos emocionais que estão "escondidos"sob comportamentos conscientes e inconscientes de desmotivação afetivo -sexual.
"Quando a boca cala o corpo adoece"( corpo na dimensão ampla : física , emocional , psicológica...).
Para o casal:
Estou investindo na criação de um espaço para a vida afetiva emocional e sexual do casal?
Quais sentimentos meus e do meu parceiro, escondidos, podem contribuir para as
dificuldades na vida íntima do casal ?
Quais sentimentos meus e do meu parceiro, escondidos, podem contribuir para as
dificuldades na vida íntima do casal ?
Lígia Oliveira - terapeuta de casal e familiar