A Escultura Familiar é uma representação simbólica do
sistema familiar. Esse instrumento foi
considerado como uma meio eficaz vez que combina o cognitivo, o afetivo, o
emocional com a experimentação, no qual os familiares posicionam a si e aos
membros da família da forma como os percebem participantes na teia relacional.
Na Terapia Familiar a Escultura Familiar foi muito utilizada
por Virgínia Satir, terapeuta familiar que combinou essa técnica com Teoria
Geral dos Sistemas a qual reforça a visão circular dos fatos, sentimentos...
De maneira geral podemos explicar sobre a utilização da
dinâmica Escultura Familiar da seguinte forma:
O terapeuta pede que cada familiar feche os olhos e
visualize-se, como também visualize os demais familiares.
Em seguida pede para cada
familiar pensar como colocaria cada pessoa do sistema familiar naquela sala: LOCAL,
POSIÇÃO, OLHAR, ATITUDE.
O escultor vai colocando as pessoas e formando a escultura;
se precisar pode também colocar o terapeuta no local de alguém que não está
presente.
O Terapeuta espera o escultor terminar a escultura, sua
movimentação completa para depois fazer as perguntas.
Trabalha- se tanto a auto- percepção como a percepção
global da unidade familiar com cada membro.
Por exemplo, um participante pode pedir que dois membros
fiquem abraçados, ou bem distantes, um fique de joelhos, outro deitado. O que
importa é que cada um seja leal à forma como ver a si e aos outro na interação
familiar.
Podemos trabalhar situações concretas como a comunicação,
afetividade familiar , como ainda desejos , atitudes , comportamentos ..
Passos gerais do processo:
1 - Escolher um
escultor;
2 – Pede-se para o
escultor colocar pessoas (inclusive ele) na posição que ele as ver dentro do
sistema familiar. Reforça-se observar proximidade, olhar, expressões...
3 – Terapeuta
pergunta ao escultor: Como se sente diante da escultura formada e espera que o
escultor fale sobre seus sentimentos , pensamentos...
4- Se o escultor
gostaria de fazer alguma modificação. O que mudaria o que manteria... Agora
como se sente e pensa mediante a movimentação feita por ele no sistema.
5- Continua com
novos escultores, outras esculturas, sentimentos, mudanças, novos sentimentos ,
até o último familiar.
A Escultura é feita um a um, enquanto os outros
participantes observam e esperam sua vez. Ao término das esculturas, pedimos
que a família reflita acerca do que ouviu , sentiu e mais adiante se pode
trabalhar a construção de uma escultura familiar geral, tanto atual, como futura.
Dentro de uma visão geral as esculturas mais realizadas:
Escultura da
família presente – atual
Escultura da família ideal
Escultura do
passado
Escultura do
futuro
A utilização da Escultura na Terapia Familiar facilita a
expressão de emoções, falas silenciadas, através da utilização do corpo e do
movimento. Dependendo da dinâmica familiar podemos utilizar a escultura nas
primeiras sessões, ou em situações onde percebemos um processo mais paralisado,
como ainda nas terapias onde trabalhamos com crianças, vez que alia o lúdico ao
conteúdo, à emoção.
Lígia Oliveira- Terapeuta de casal e família
Lígia Oliveira- Terapeuta de casal e família
Obs:
Para a utilização da escultura, faz-se necessário o terapeuta ter um conhecimento básico sobre sua teoria e prática e saber o momento mais adequado de vivenciá-la.
Nenhum comentário:
Postar um comentário