segunda-feira, 29 de dezembro de 2014




     MEUS MAIS SINCEROS VOTOS DE UM ANO REPLETO DE LUZ!

              ligia oliveira- terapeuta casal/ família e individual/psicanalista

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

FELIZ!







Esse ano quero PAZ no meu coração e serenidade e FÉ para a minha ALMA,

Agradeço ao ano de 2014 as inúmeras visitas feitas a mim pela senhora ESPERANÇA,

as várias batidas na minha porta da senhora RAZÃO,

a quantidade de olhares da  senhora LEVEZA,

as múltiplas motivações para COMEÇAR DE NOVO,

as inúmeras situações ensinadas a mim pela senhora ACEITAÇÃO,

as várias ocasiões do necessitar abrir NOVAS FRESTAS, JANELAS E PORTAS,

as motivações para adentrar em NOVOS RUMOS

os verdadeiros momentos de amor com MINHA FAMÍLIA

A CLAREZA DE QUE ALÉM DE TUDO ISSO EXISTE UMA ENERGIA DE LUZ QUE NOS APÓIA,ENGRANDECE,E NOS AMPLIA NOSSA CONDIÇÃO DE PLENITUDE E AMOR.

É NATAL, ESTÁ CHEGANDO UM NOVO ANO: MAIS UM MOMENTO EM NOSSAS VIDAS PARA VOLTAR A FLORESCER!

lígia

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

COMENTÁRIOS DOS LEITORES


 


  Avaliei que seria muito legal compartilhar comentários dos leitores do blog.
  Essas mensagens me motivam, me fazem refletir, me adoça o coração e a alma!
  Muito grata!

" É necessário que o amor esteja expresso no que se diz, sobretudo, no que se faz. Concordo que amar
 é uma escolha. Mas acho que é uma escolha cotidiana. É como se todos os dias você acordasse e, com gestos (às vezes, grandes; outras vezes, pequenos), renovasse a escolha de amar. Isso me faz pensar que, além da poesia, o amor tem que caminhar com uma certa dose de racionalização, de pé no chão. Como algo que não é incondicional. Que, se não for cuidado, pode morrer. Ouso até dizer (porque é muita ousadia fazer isso diante de uma especialista no assunto) que o amor não é suficiente para manter uma relação. Agora, em um sentido mais geral, concordo com o comentário acima, que coloca o amor como uma escolha de vida. O amor não como algo que você vai encontrar ou viver. Mas como óculos. Como pele. Como algo que a gente é. E ao sermos juntos, como algo que nos une a um parceiro, a outras pessoas e ao mundo.

Muito gostoso o papo por aqui. Seguimos conversando! Um beijo"

Edna Granja

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

RESENHA SOBRE A NEUROSE OBSESSIVO- COMPULSIVA






A NEUROSE OBSESSIVO- COMPULSIVA

Esse artigo tem como proposta abordar, em linhas gerais, a neurose obsessivo- compulsiva dentro de um olhar psicanalítico, denominada, na atualidade no DSM IV de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) CID-10.
Minha escolha se deve tanto em relação à curiosidade do tema por conhecer pessoas próximas que tem essa neurose, (sou terapeuta de casal e familiar e psicanalista em formação) como ainda por observar em momentos da minha vida ter me comportado como portadora de alguns traços obsessivos compulsivos, herdados do lado materno, tais como: exagerada cobrança em relação ao perfeccionismo das tarefas e o olhar voltado a uma exigência demasiada em limpeza e organização.
Por outro lado a vivência desses mesmos traços me levou a um processo terapêutico rico e repleto de chances do descobrimento do viver através de formas mais inteiras e leves. A terapia, essa grande aliada facilitou a minha jornada na busca da compreensão e ressignificação desses comportamentos obsessivos compulsivos.
Interessante perceber que no meu percurso eu tinha a clareza da falta de nexo das ideias intrusivas. No entanto, a ação em fazer o ritual comandado pela mente ganhava o jogo no alívio da ansiedade.
Há alguns anos venho exercitando mais leveza, como também me permitindo concluir as tarefas dando um limite que corresponde à realização de uma ação cuidadosa do bem fazer, todavia, não mais me tornando refém do perfeccionismo. Hoje, através de processo analítico, me lanço na busca não só do enfrentamento dos sintomas vivenciados, mas também daquilo que sustentava o comportamento disfuncional.

A NEUROSE OBSESSIVO- COMPULSIVA

A Neurose Obsessivo- Compulsiva traz ao seu portador um alto grau de sofrimento pessoal e social, uma vez que a pessoa percebe que as suas ideias obsessivas, como suas compulsões, além de  serem exagerados, são também irracionais. Todavia, essa constatação não impede a atitude repetitiva- defensiva.
Diz Zimerman:
“Como acontece em outras estruturações de personalidade, também a de natureza obsessivo-compulsiva diz respeito à forma e o grau de como se organizam os mecanismos defensivos do ego diante de fortes ansiedades subjacentes”.( Psicanálise em Perguntas e Respostas,,pag.177,2005)
Na sua obra, “O Homem dos Ratos” (1909) Freud fala, mediante o aprofundamento dos relatos do seu cliente, que é o erotismo anal que prevalece na organização sexual do neurótico obsessivo compulsivo. Defende que a obsessão está sempre relacionada a uma regressão sexual da fase anal.
Freud segue no estudo da neurose obsessiva, e, através da Segunda Tópica nos faz entender acerca das pulsões de vida e de morte e o relevante papel do superego, sendo identificado como principal censor do ego, o qual desenvolve e amplia uma experiência pautada no medo de ser punido pelo superego. Essa vivência traz como consequência sintomas de ansiedade presentes na neurose obsessivo- compulsiva.
O constante conflito entre o ego e o superego é explicado da seguinte forma: Ao trabalhar o recalque o ego busca em obediência ao superego, banir as pulsões sexuais provenientes do id. Desta forma, lança mão de reações tais como nojo, asseio, vergonha.  Então o superego como excelente censor comanda as ações do ego, restando a esse conseguir satisfação por meio de sintomas.
Freud afirma que “o medo que o ego tem do superego, na verdade é o medo da morte, que numa análise mais profunda, desemboca no medo da castração”.
O DSM-IV refere-se aos transtornos obsessivos compulsivos como transtornos de ansiedade, vez que é a ansiedade o sintoma primário ou a causa primária de outros sintomas.
Zimerman (Fundamentos Psicanalíticos, 1999) pontua sobre a necessidade de um olhar cuidadoso da obsessividade, no que se refere a diferenciação do grau em que “ela” se apresenta nas pessoas:

1-    Traços obsessivos em uma pessoa normal, ou traços acompanhantes de uma neurose mista, uma psicose, uma perversão;


2-    Caráter marcadamente obsessivo;


3-    Neurose obsessivo compulsiva.


A pessoa que tem um caráter, marcadamente, obsessivo apresenta em seu comportamento traços fortes de controle, dúvida, intolerância, disciplina, moralidade... Todavia, essas posturas não trazem grandes prejuízos e sofrimentos. Experiências clínicas e a literatura científica observam que os indivíduos com caráter obsessivo, desde que não seja exagerado são aquelas pessoas que trazem aspectos funcionais de ordem, disciplina, respeito...
Em relação ao neurótico obsessivo compulsivo o grau de sofrimento é ampliado, também em função da pessoa ter consciência das suas ideias e atos “absurdos”. O neurótico obsessivo fica refém das suas repetições ideativas, sofrendo pela intensidade dos pensamentos ego- distônicos, atormentado pela ampliação da ansiedade, que para ser aliviada necessita da vivência de comportamentos que obedecem a rituais denominados de compulsões.
Esses atos em casos mais sérios comprometem a vida pessoal, familiar, social, profissional, trazendo um acentuado nível de incapacitação diante da vida.
É importante observar que “o termo obsessão refere-se aos pensamentos, que como corpos estranhos infiltram-se na mente e atormentam os indivíduos, enquanto que por sua vez, o termo compulsão designa os atos motores que o neurótico executa como uma forma de contra-arretar a pressão dos referidos pensamentos” (Zimerman,1999)
Essa vivência neurotizada propicia ao neurótico, uma constante ambivalência relacional, por ele ficar preso dentro de um círculo insano de pensamentos esquisitos, que poderão trazer a paralisação das suas ações cotidianas.Contudo, são muitos os obsessivos que conseguem ter uma vida normal na frente dos outro, em função da sua capacidade cognitiva não ser prejudicada.
É interessante observar que as compulsões são ampliadas quando as pessoas estão em casa”, pois ao mesmo tempo em que a sua casa é um símbolo de proteção uterina é também palco de suas maiores angústias e fraquezas neuróticas”.


Zimerman, no seu livro Fundamentos Psicanalíticos aborda sobre os fatores etiológicos mais marcantes na Neurose Obsessivo -Compulsiva.
Na presente resenha trago de forma resumida, as principais causas:
Pais com superego rígido e punitivo.
Exagerada carga de agressão mal administrada pelo ego, falha na capacidade de síntese do ego e discriminação que perturbam o obsessivo.
Conflito intra-sistêmico- ego sob o controle do superego primitivo, e, ao mesmo tempo pressionado pelas pulsões do id. Também dentro do próprio id as pulsões de morte e de vida podem estar em forte conflito ( amor, ódio).
Importância da defecação da criança e suas fantasias presentes no ato de defecar, significado das crianças às fezes, relações parentais com a criança acerca da representatividade do ato de defecar, ou essa ação como um movimento da criança de conquista, controle e punição.
Fixação do pensamento infantil sobre o ato de defecar, segundo Freud quando a criança equipara as fezes ao pênis, bebês e presente

Descrevo, agora, de maneira geral as principais características clínicas do obsessivo compulsivo:
Sintomas de ordem, limpeza, regras, excesso de escrúpulos, podendo essa obsessividade ser expressa dentro de dois perfis distintos: a forma passiva( relacionada a fase retentiva anal) e a  forma ativa( fase anal expulsiva). No primeiro perfil estaria o neurótico passivo- submetido, ou seja: pessoas que têm uma necessidade imensa de agradar, medo de perder o amor das pessoas. Exagero de falas com gentilezas forçadas onde o, por favor, desculpa... são ampliados e aqueles  que desenvolvem atitudes masoquistas.
Estão no segundo perfil dos obsessivos os do tipo ativo- sub metedor, resultado de uma identificação com o agressor, muitas vezes reforçando atitudes de controle excessivo para com os outros que tem o objetivo de ser o dono absoluto da verdade, sendo todos esses pensamentos permeados por um sentimento constante de culpa.
Os neuróticos obsessivos se utilizam de mecanismos defensivos tais como:
Anulação (ação que desfaz o que já foi feito, sentido ou pensado), isolamento (que consiste em inibir o afeto do pensamento) formações reativas (comportamentos que procuram negar os sentimentos que trazem ansiedade), racionalização e intelectualização (muitas vezes utilizadas na análise através da resistência).
A escolha das suas relações objetais tem como foco  um olhar disjuntivo, separado por dois polos distintos ou seja pessoas que se caracterizam a complementação  dos tipos :sádico-masoquista,dominador- dominado...
Olham a sexualidade através da analidade, com excesso de cuidado com a higiene, desenvolvendo um sentimento de propriedade ou proprietário do parceiro. Tem também na sua relação sexual uma exagerada moralidade para a vivência da sexualidade anal e oral que a vida adulta aos casais pode propiciar.
Quando há uma obsessividade narcísica a pessoa demonstra, mesmo que sob a máscara da modéstia, uma superioridade, ou seja, ela é a pessoa mais honesta, mais certa, mais disciplinada...
Instalada a obsessão narcísica o neurótico desenvolve um medo crescente de um fracasso no orgasmo ou na potência o que o leva ao desenvolvimento de um ciclo vicioso de medo e evitação da intimidade sexual, o que pode resultar em comportamentos de isolamento e fobia.
Alguns dos sintomas mais comuns da neurose obsessivo- compulsiva se apresentam nas seguintes posturas: excesso de lavagem das mãos, mania de limpeza, rituais de higiene, preocupar-se acentuadamente com germes e contaminações, verificar repetitivamente o fechamento de portas, janelas, dar valor excessivo a números e contagens, pensamentos catastróficos, simetria neurótica, pensamentos voltados à punição e morte.
É interessante ressaltar uma característica forte no obsessivo: sua habilidade ao pensar. Ele cogita, pensa e desenvolve uma extensa ruminação mental, repleta de dúvidas, rituais e uma vivência sofrida de uma consciência de culpa constante.
Em relação ao trabalho analítico, é essencial que o psicanalista aprofunde o seu olhar e atenção, para que o obsessivo compulsivo não engendre mecanismos próprios que consiga prevalecer o seu controle, mediante a utilização dos seus múltiplos comportamentos defensivo.
“ O maior cuidado que o analista deve ter consiste na possibilidade de ele se deixar equivocar pela colaboração irretocável desse paciente que costuma ser obsessivamente correto, assíduo, bom pagador... porém existe a possibilidade de que esse analisando esteja cumprindo a tarefa de ser bom paciente, do que alguém disposto a fazer mudanças verdadeiras”. (Zimeman).
 Entendemos que a obsessividade é o resultado da atuação dos mecanismos de defesa contra a ansiedade, e que mediante um trabalho compartilhado, passo a passo, entre analista e analisando, poderão ser construídos caminhos que  trabalharão na busca da transformação dessas forças inimigas em forças aliadas. 

Lígia Oliveira- terapeuta de família e casal e psicanalista


Bibliografia:
Zirmeman,David,E.Psicanálise em perguntas e respostas: verdades,mitos e tabus/David E.  Zimerman- Porto Alegre:Artmed,2005

Fundamentos Psicananlíticos: teoria, técnica e clínica- uma abordagem didática- Porto Alegre: Artmed, 1999.

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PSICANÁLISE - RESENHA SOBRE A NEUROSE OBSSESSIVA COMPULSIVA PARTE II








Parte II

Descrevo,agora,de maneira geral as principais características clínicas do obsessivo compulsivo:

Sintomas de ordem, limpeza, regras, excesso de escrúpulos, podendo essa obsessividade ser expressa dentro de dois perfis distintos: a forma passiva( relacionada a fase retentiva anal) e a  forma ativa( fase anal expulsiva). No primeiro perfil estaria o neurótico passivo- submetido, ou seja: pessoas que têm uma necessidade imensa de agradar, medo de perder o amor das pessoas. Exagero de falas com gentilezas forçadas onde o, por favor, desculpa... são ampliados e aqueles  que desenvolvem atitudes masoquistas.
Estão no segundo perfil dos obsessivos os do tipo ativo- sub metedor, resultado de uma identificação com o agressor, muitas vezes reforçando atitudes de controle excessivo para com os outros que tem o objetivo de ser o dono absoluto da verdade, sendo todos esses pensamentos permeados por um sentimento constante de culpa.
Os neuróticos obsessivos se utilizam de mecanismos defensivos tais como:
Anulação (ação que desfaz o que já foi feito, sentido ou pensado), isolamento (que consiste em inibir o afeto do pensamento) formações reativas (comportamentos que procuram negar os sentimentos que trazem ansiedade), racionalização e intelectualização (muitas vezes utilizadas na análise através da resistência).
A escolha das suas relações objetais tem como foco  um olhar disjuntivo, separado por dois polos distintos ou seja pessoas que se caracterizam a complementação  dos tipos :sádico-masoquista,dominador- dominado...
Olham a sexualidade através da analidade, com excesso de cuidado com a higiene, desenvolvendo um sentimento de propriedade ou proprietário do parceiro. Tem também na sua relação sexual uma exagerada moralidade para a vivência da sexualidade anal e oral que a vida adulta aos casais pode propiciar.
Quando há uma obsessividade narcísica a pessoa demonstra, mesmo que sob a máscara da modéstia, uma superioridade, ou seja, ela é a pessoa mais honesta, mais certa, mais disciplinada...
Instalada a obsessão narcísica o neurótico desenvolve um medo crescente de um fracasso no orgasmo ou na potência o que o leva ao desenvolvimento de um ciclo vicioso de medo e evitação da intimidade sexual, o que pode resultar em comportamentos de isolamento e fobia.
Alguns dos sintomas mais comuns da neurose obsessivo- compulsiva se apresentam nas seguintes posturas: excesso de lavagem das mãos, mania de limpeza, rituais de higiene, preocupar-se acentuadamente com germes e contaminações, verificar repetitivamente o fechamento de portas, janelas, dar valor excessivo a números e contagens, pensamentos catastróficos, simetria neurótica, pensamentos voltados à punição e morte.
É interessante ressaltar uma característica forte no obsessivo: sua habilidade ao pensar. Ele cogita, pensa e desenvolve uma extensa ruminação mental, repleta de dúvidas, rituais e uma vivência sofrida de uma consciência de culpa constante.
Em relação ao trabalho analítico, é essencial que o psicanalista aprofunde o seu olhar e atenção, para que o obsessivo compulsivo não engendre mecanismos próprios que consiga prevalecer o seu controle, mediante a utilização dos seus múltiplos comportamentos defensivo.
“ O maior cuidado que o analista deve ter consiste na possibilidade de ele se deixar equivocar pela colaboração irretocável desse paciente que costuma ser obsessivamente correto, assíduo, bom pagador... porém existe a possibilidade de que esse analisando esteja cumprindo a tarefa de ser bom paciente, do que alguém disposto a fazer mudanças verdadeiras”. (Zimeman).
 Entendemos que a obsessividade é o resultado da atuação dos mecanismos de defesa contra a ansiedade, e que mediante um trabalho compartilhado, passo a passo, entre analista e analisando, poderão ser construídos caminhos que  trabalharão na busca da transformação dessas forças inimigas em forças aliadas. 
  
Ligia Oliveira- terapeuta de família e casal e psicanalista


Bibliografia:
Zirmeman,David,E.Psicanálise em perguntas e respostas: verdades,mitos e tabus/David E.  Zimerman- Porto Alegre:Artmed,2005

Fundamentos Psicananlíticos: teoria, técnica e clínica- uma abordagem didática- Porto Alegre: Artmed, 1999.


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