Estudo-
O Mecanismo Psíquico do Esquecimento, Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas
de Sigmund Freud, volume III.
Lembranças
Encobridoras- páginas: 333 a 354
PEQUENO RESUMO:
1- Lembranças
Encobridoras são recordações nas quais o conteúdo manifesto é visto pelo sujeito
como não significativo, banal.Todavia, esse conteúdo é rico em detalhes,
sentimentos precisos e intensos, chegando muitas vezes a serem alucinatórios.
2- Desta
forma, sob o manto de uma recordação aparentemente, banal, parece ter outras
experiências da vida psíquica anteriores ( infantis), ou posteriores, bastante
significativas que encontram nessas memórias, base para se manifestarem através
de símbolos; essas partes esquecidas
contém tudo o que nessas lembranças
significativas foram omitidas, antes de serem esquecidas.
3- O
que é registrado como imagem mnêmica não é a experiência Relevante. Essas cenas
forma retidas.
4- O
processo psicanalítico investe na busca do estudo e da compreensão das relações
e conexões que existem entre o conteúdo psíquico das neuroses e a vida infantil
do seu paciente.
5- As
crianças de 3 a 4 anos apresentam uma
significativa organização mental em relação a sua compreensão emocional e não
encontram-se razões óbvias que se explique a amnésia infantil.
6- Alguns
pacientes não se recordam dos seus primeiros anos de infância; outros só tem
recordações a partir dos seus 6 anos.
7- Pesquisa
realizada em1895, pelos Henri ouviram 123 pessoas acerca das suas lembranças
infantis; 82 delas trouxeram lembranças a partir dos 2 a 4 anos. As outras 61
pessoas só tinham recordações a partir dos 6 anos.
8- Por
que se suprime aquilo que é importante e
se retém o que é indiferente?
9- Duas
forças psíquicas estão presentes em lembranças encobridoras: UMA que dá ao
fato, ação ou sentimento significado importante e a OUTRA que é uma resistência
à recordação desagradável.
10- A
Lembrança Encobridora é o resultado desse processo.
11- A
Lembrança Encobridora seria um caminho para se encontrar outras experiências conexas.
13-O processo analítico vai trabalhar no aprofundamento dos motivos originais da retenção da lembrança ( retida)procurando compreender acerca da relação mantida pelo paciente, entre o conteúdo aparente e manifesto da sua lembrança e aquilo que foi suprimido, latente; os elementos essenciais omitidos.
15- O analista vai junto com o paciente trabalhando cuidadosamente na análise dessas lembranças que encobriam significados antes não compreendidos. Buscam os significados dos símbolos, experiências, mediante a Associação Livre.
16- Perguntas chaves trazem aos poucos o olhar mais curioso e atento do par analítico: Quando começaram essas lembranças, seu contexto, seus significados, o quanto essas recordações afetaram a vida do paciente, em quais momentos as lembranças apareciam..
17- Importante observar que nesse caso estudado as lembranças do paciente aconteceram quando ele tinha 17 anos e depois aos 21 e dentro de contextos que aludiam ao passado, mas na vivência de experiências das idades mencionadas.
18- Todavia as lembranças falavam de uma vontade do paciente em melhorar o seu passado. Ex. Se tivesse ficado na terra natal, hoje poderia estar...
19- Trabalho de análise seguindo na exploração e aprofundamento dos vários símbolos reforçados pelo paciente nas suas lembranças, provocando abertura e insights, trazendo condições ao paciente de ver como suas lembranças encobridoras ocultaram seus desejos, e quais as relações que podem existir entre o conteúdo manifesto e o que foi suprimido: o latente.
20-É essencial o cuidado ao processo de interpretação das lembranças, imagens, para NÃO atribuir um sentido culturalmente aceito às imagens, mas antes de tudo saber que os pacientes podem ter significados mais profundos e subjetivos.
21- Na maior parte das cenas infantis o sujeito se ver como uma criança que se observa como um observador externo. Desta maneira é evidente que quando fala de uma cena pode não ser uma repetição EXATA da impressão original, podendo essa recordação ser muito elaborada.
22- Muitas lembranças da infância, quando faladas por outras pessoas revelam não terem sido tão verdadeiras.
23-Essas modificações estão a serviço de objetivos de repressão, repulsas, deslocamentos. A lembrança falsificada é a primeira que tomamos consciência; o conteúdo pelo qual a forjamos continua inconsciente.
24- O artigo QUESTIONA: SE TEMOS MESMO ALGUMA LEMBRANÇA DA NOSSA INFÂNCIA, OU SE AS LEMBRANÇAS RELATIVAS À NOSSA INFÂNCIA PODEM SER TUDO QUE POSSUÍMOS.
25-Lembranças infantis mostram nossos anos NÃO como foram, mas como nos aparecem nos anos posteriores em que as lembranças foram despertadas.
26- Ao despertar as lembranças encobridoras, elas não emergiram elas foram FORMADAS NESSA ÉPOCA.
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