Somos por natureza animais gregários e dependentes do relacionamento com o outro.
Ao nascermos, precisamos do cuidado de alguém, sem o qual não sobreviveríamos.
.Assim sendo, vamos percebendo, pouco a pouco, como nossa vida pode ganhar um colorido mais limpo e mais pesado, dependendo do nosso relacionamento com as pessoas, sejam essas familiares, e demais pessoas que fazem parte do nosso ciclo de relações. Sim, preciso do outro, da mesma forma que ele precisa de mim.
.Assim sendo, vamos percebendo, pouco a pouco, como nossa vida pode ganhar um colorido mais limpo e mais pesado, dependendo do nosso relacionamento com as pessoas, sejam essas familiares, e demais pessoas que fazem parte do nosso ciclo de relações. Sim, preciso do outro, da mesma forma que ele precisa de mim.
Estava pensando nessa caminhada compartilhada, quando não sei porque, me lembrei de um programa de t.v., no qual os entrevistados falavam sobre o seguinte tema: Só e Bem Acompanhado
Eram pessoas, adultas, mais ou menos na faixa entre os 45 a 60 anos, que optaram por viver sós ( apenas um vivia com a esposa).
Escolheram viver sozinhas longe do barulho das grandes cidades e de todo o burburinho que essas cidades trazem.Os motivos dessa opção eram os mais variados: espirituais, profissionais, existenciais..
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Interessante perceber que todos os entrevistados, naquele momento, não pareciam amargurados com o passado, revoltados, magoados nem queriam convencer o público sobre as suas escolhas. Meu sentimento, de maneira geral, é que todos tinham uma sutil energia no olhar: uma sensção de liberdade. Falavam uma língua comum sobra a forma de viver sozinhos sem sentirem solidão. Explicavam, cada um do seu modo, que tinham aprendido a viver no presente e aceitar as condições que a vida os ofereciam.( Penso eu: acomodação? medo? egoísmo? desapego? sabedoria?)
Ao contrário do que os outros pensavam, no meu perceber, eles eram preenchidos por uma sensação de paz e completude.
Um deles falou que entendia que sentir-se só, tem principalmente, relação com o eu interior e com as nossas carências, do que com a falta de alguém ao nosso lado.
Ao término do programa fiquei cheia de indagações.
Como, ao meu modo, poderia ampliar o sentido de solidão na minha vida? Avalio que seria bom se eu refletisse mais um pouco sobre a parte conceitual da solidão falada pelos entrevistados e não na parte prática. Não desejo me isolar e viver sem as pessoas queridas por perto.
Penso que primeiramente, precise olhar para a emoção da solidão de uma forma mais relativa, mas principalmente compreender, de frente, quando responsabilizo,somente o outro, pela minha solidão.
Afinal quais as minhas carências que precisam ser preenchidas para que eu fique comigo mesma e em boa companhia?
Reflexão:
Quais os momentos que voce se sente só?
Qual a emoção que vem junto?
Como voce responderia o último parágrafo?
Lígia Oliveira - Terapeuta de familia e casal
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHá uns dias, estou conversando com esse seu texto. Fico aqui pensando se a solidão é realmente um estado possível para nós, com todas as características que você reconhece como humanas e com as singularidades do tempo em que vivemos. Desconfio que não. Talvez o estado de solidão seja mais uma ilusão que criamos para, diante do sofrimento, não nos permitirmos viver a nossa felicidade, uma vez que, se não somos “viciados em infelicidade”, muitas vezes, olhamos a vida por óculos que parecem focar os problemas e as dores. Penso também que muitas vezes o “sentir-se só”, com sentimento, surge relacionado à falta de alguém, em específico, ou à necessidade de ter um\a companheiro\a, em horizontes de conjugalidade. Ampliando a visão, se partimos do reconhecimento que somos a partir do outro, dificilmente nos sentiremos só. Podemos até sentir falta de alguém sim, mas veremos que isso não é sinônimo de solidão. Porque haverá sempre outros “alguéns”; se não como presença física, como memórias e possibilidades. Enfim... isso tudo para dizer que eu acrescentaria às suas perguntas do final do texto: “a solidão é realmente um estado possível?”; “o que a emoção da solidão me diz de mim?”. Ousemos nos perguntar e exercitar a elaboração de respostas, mesmo que estas sejam contingentes.
ResponderExcluirObrigada pela companhia, vinda com o texto e com as reflexões decorrentes dele, que contribuiu para eu não me sentir só, durante esta última semana. Um abraço apertado de admiração e já de carinho.
ResponderExcluirOlá, Edna
Antes, quero dizer que fico grata em saber que voce vem conversando com os textos, como também por estar na minha lista de amigos.
Muito bom, quando percebemos que nossos textos são refletidos, comentados e complementados. Essa corrente é um dos objetivos do blog.
Sim, legal suas perguntas sobre o sentimento da solidão. O que dentro dos meus significados, a emoção da solidão diz de mim?
Avalio,que as respostas nas nossas vidas, são na maioria das vezes, construções em aberto... Depois lá vem mais perguntas e assim a dinâmica da vida vai acontecendo, trazendo mudanças, ou nos mostrando o que precisamos manter para sermos mais felizes.
Abraço carinhoso, Lígia.
Recebi a indicação deste blog por uma pessoa do Libertas e por aqui passo, desde então! Gostaria também do seu e-mail, porque tenho uma orientanda que quer fazer uma discussão no campo que você trabalha e gostaria de indicá-la para um aprofundamento maior. Talvez, uma co-orientação. Continuemos a conversar!
ResponderExcluirSiiim! Tem também um blog quentinho, com proposta de ser uma sala de estar, de conversas boas e despretensiosas. Será um prazer tê-la por lá. Gostaria, desde já, de pedir autorização para por lá divulgar o seu blog e um ou outro texto, claro que devidamente referenciados. O endereço é ednagranja.wordpress.com.
Um beijo!
ResponderExcluirOlá Edna, tarde boa
Legal conhecer pessoas que estão estudando sobre um tema que me apaixona: Família e Casal. Avalio que antes de qualquer coisa pderemos compartilhar e aprendermos juntas. Agradeço pela sua indicação.
Meu email é ligi.mari@hotmail.com e para mim será muito bom poder conversar com a sua orientanda.
Espero poder contribuir à sua discussão.Vamos la´...
Em relação à utilizção dos textos do blog e o seu endereço, fique à vontade para citá-los. Fico contente com essa interação.
Grata pelo convite em participar do ednagranja.wordpress.com
BJ, Lígia