Lembro que ouvi de uma pessoa, que vou chamar de João, sabendo que eu era terapeuta familiar, a seguinte fala:
"Participei de algumas sessões de terapia, mas saía de lá de baixo astral. Só era problema".
Não querendo fazer observações acerca da prática da sua terapeuta, como também não sabendo quais as queixas da pessoa que me falava, e qual o contexto de toda essa sua narrativa,silenciei.Quase no mesmo momento, lembrei de uma conversa que gosto de dizer quando inicio um processo terapêutico com familas ou casais, e, repeti, dessa vez, para o João.
"Em um primeiro momento, na terapia, procuramos identificar e compreender as influências do problema sobre a pessoa,e, aos poucos vamos identificando as influências da pessoa sobre o problema."
Não sei até que ponto João entendeu minha resposta.Olhou para mim, com ares de que não tinha se "convencido" do valor de um processo terapêutico. Quem sabe seria melhor se ele, depois, pudesse pensar sobre o que quis lhe fazer sentir. Não sei... Minha intenção não era o convencimento, e sim a reflexão.
Não sei até que ponto João entendeu minha resposta.Olhou para mim, com ares de que não tinha se "convencido" do valor de um processo terapêutico. Quem sabe seria melhor se ele, depois, pudesse pensar sobre o que quis lhe fazer sentir. Não sei... Minha intenção não era o convencimento, e sim a reflexão.
Sabemos,que no processo sistêmico as fases de escuta e alternativas de solução ocorrem muitas vezes, de forma concomitante, e, que quando a família chega muito focada no problema é preciso respeito e curiosidade do terapeuta, no sentido de explorar as múltiplas faces da dificuldade, investindo, primeiro, no aprofundamento da queixa trazida.
Depois de um tempo dessa conversa, estava lendo o livro, Atendimento Sistêmico de Famílias/ Redes Sociais. vol.II, TOMOII( Juliana Gotijo,Ma.José Esteves, Sonia Vieira coelho, 2007) e encontrei modelos de entrevistas que me fizeram ampliar o meu olhar terapêutico aos recursos familiares.Lembrei-me de João, e fiquei pensando como ele teria se sentido quando, junto com as suas dores, estivessem presentes perguntas que fizessem crescer nele e em sua família, força, apoio, otimismo realista...
Pedi emprestado algumas perguntas do livro, acrescentei outras e elaborei um roteiro de perguntas que, em momento oportuno ao processo de terapia, são trabalhadas com a família, compreendendo-se esse roteiro como uma trilha e não como um trilho. Agora, quero compartilhar essa dinâmica com voces.
Orientação da terapeuta, no momento da dinâmica familiar:
"Sabemos que a vida familiar tem suas dificuldades, mas, muitas vezes nossos olhos parecem não enxergar os pontos positivos que podem ajudar. Vamos fechar os olhos, voltar nosso pensamento, e refletir caminhos de melhoria através da nossa força familiar".
Conversamos acerca de explicações mais específicas e depois, terapeuta entrega prancheta e lápis para as respostas serem escritas. Após todas as respostas, trabalhamos a Resiliência Familiar.
.
Reflexões:
Olhando para sua família, quais os principais sinais de força familiar?
Onde e como a família busca apoio nos momentos difícies?
Olhando para voce e para toda a família, qual a principal qualidade de cada um que
poderia ajudar à melhoria familiar?
Cite um problema que sua família conseguiu superar.
O que a família aprendeu com esse processo?
Escolha uma dificuldade que a família precisa olhar melhor para vencer.
Geralmente a ordem das falas das respostas, obedece a hierarquia familiar.
Ao término criamos um inventário dos reservatórios de força familiar.
Lígia Oliveira- Terapeuta Familiar e de Casal
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Pedi emprestado algumas perguntas do livro, acrescentei outras e elaborei um roteiro de perguntas que, em momento oportuno ao processo de terapia, são trabalhadas com a família, compreendendo-se esse roteiro como uma trilha e não como um trilho. Agora, quero compartilhar essa dinâmica com voces.
Orientação da terapeuta, no momento da dinâmica familiar:
"Sabemos que a vida familiar tem suas dificuldades, mas, muitas vezes nossos olhos parecem não enxergar os pontos positivos que podem ajudar. Vamos fechar os olhos, voltar nosso pensamento, e refletir caminhos de melhoria através da nossa força familiar".
Conversamos acerca de explicações mais específicas e depois, terapeuta entrega prancheta e lápis para as respostas serem escritas. Após todas as respostas, trabalhamos a Resiliência Familiar.
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Reflexões:
Olhando para sua família, quais os principais sinais de força familiar?
Onde e como a família busca apoio nos momentos difícies?
Olhando para voce e para toda a família, qual a principal qualidade de cada um que
poderia ajudar à melhoria familiar?
Cite um problema que sua família conseguiu superar.
O que a família aprendeu com esse processo?
Escolha uma dificuldade que a família precisa olhar melhor para vencer.
Geralmente a ordem das falas das respostas, obedece a hierarquia familiar.
Ao término criamos um inventário dos reservatórios de força familiar.
Lígia Oliveira- Terapeuta Familiar e de Casal
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