Terapia de Casal- A Escolha do Parceiro
No processo terapêutico conjugal, quando trabalhamos os significados da escolha do parceiro, observamos, que essa escolha pode traduzir necessidades ainda não percebidas pelo casal. Necessidades essas que ficaram "presas lá atrás " na vida de cada um.
Estudos comprovam que todos os seres humanos, na hora que fazem uma escolha, estão respondendo a anseios e motivações que nem sempre têm consciência, e, quando a escolha está direcionada ao parceiro amoroso, uma multiplicidade de fatores faz parte desse processo.
Na dimensão histórica de cada ser envolvido, inserem-se os valores, influências, legados, mitos, significados adquiridos na família de origem, os quais explicam a maneira como cada um estruturou seus vínculos afetivos, com os seus familiares mais próximos e o seu contexto histórico.
Na linha psicanalítica, Bolwby, psiquiatra ingles, apresentou estudo sobre a relação existente no estilo de amar e apego ao outro, pelo adulto, como resultante do estilo do apego do familiar mais próximo à criança, geralmente a mãe, principalmente nos primeiros anos de vida, estilos esses que citamos, de forma breve, abaixo:
Apego seguro: A pessoa tem na figura dos seus pais modelos de segurança e intimidade, que estão disponíveis nos momentos de enfrentamento e decisivos para a criança. Reforça-se a postura positiva, afetividade, curiosidade para explorar o mundo, sem desenvolver por parte da criança sentimento de abandono.
Apego ansioso- ambivalente- A pessoa sente-se incerta em relação à forma dos pais terem disponibilidade para ajudá-la e amá-la, vez que a ambivalência de comportamento e emocional por parte dos pais é muito frequente.
Apego ansioso com evitação- Caracteriza-se pelo apego no qual a criança não tem confiança no vínculo das figuras cuidadoras,e, teme constantemente a rejeição por parte deles, sentindo sentimentos de ansiedade, insegurança e rejeição..
O estudo da conjugalidade reforça a estrutura que é formada a partir das duas bases individuais dos parceiros e da dinâmica que se forma entre os membros do par conjugal. Essencial observar como esse encontro amoroso e a conjugalidade evolui com bases em lembranças, formas de dar e receber amor, figuras de apoio, legados, repetições comportamentais passadas, e como o casal propicia condições à construção do relação dentro de uma visão que possibilita à abertura ao pertencimento e também a diferenciação de cada um. Ou seja, o olhar precisa avançar nas tres dimensãoe: eu, tu e a conjugalidade.
Estudos comprovam que todos os seres humanos, na hora que fazem uma escolha, estão respondendo a anseios e motivações que nem sempre têm consciência, e, quando a escolha está direcionada ao parceiro amoroso, uma multiplicidade de fatores faz parte desse processo.
Na dimensão histórica de cada ser envolvido, inserem-se os valores, influências, legados, mitos, significados adquiridos na família de origem, os quais explicam a maneira como cada um estruturou seus vínculos afetivos, com os seus familiares mais próximos e o seu contexto histórico.
Na linha psicanalítica, Bolwby, psiquiatra ingles, apresentou estudo sobre a relação existente no estilo de amar e apego ao outro, pelo adulto, como resultante do estilo do apego do familiar mais próximo à criança, geralmente a mãe, principalmente nos primeiros anos de vida, estilos esses que citamos, de forma breve, abaixo:
Apego seguro: A pessoa tem na figura dos seus pais modelos de segurança e intimidade, que estão disponíveis nos momentos de enfrentamento e decisivos para a criança. Reforça-se a postura positiva, afetividade, curiosidade para explorar o mundo, sem desenvolver por parte da criança sentimento de abandono.
Apego ansioso- ambivalente- A pessoa sente-se incerta em relação à forma dos pais terem disponibilidade para ajudá-la e amá-la, vez que a ambivalência de comportamento e emocional por parte dos pais é muito frequente.
Apego ansioso com evitação- Caracteriza-se pelo apego no qual a criança não tem confiança no vínculo das figuras cuidadoras,e, teme constantemente a rejeição por parte deles, sentindo sentimentos de ansiedade, insegurança e rejeição..
O estudo da conjugalidade reforça a estrutura que é formada a partir das duas bases individuais dos parceiros e da dinâmica que se forma entre os membros do par conjugal. Essencial observar como esse encontro amoroso e a conjugalidade evolui com bases em lembranças, formas de dar e receber amor, figuras de apoio, legados, repetições comportamentais passadas, e como o casal propicia condições à construção do relação dentro de uma visão que possibilita à abertura ao pertencimento e também a diferenciação de cada um. Ou seja, o olhar precisa avançar nas tres dimensãoe: eu, tu e a conjugalidade.
É na relação amorosa, que certas necessidades afetivas são satisfeitas cobradas,exigidas, retribuídas...
A queixa acontece, quando um dos parceiros não consegue satisfazer, as carências do outro, ou quando ainda, um tem em relação ao outro, expectativas idealizadas, imaturas, ressentidas...
Uma das grandes dificuldades surge se o relacionamento conjugal traduz-se em um encontro de duas carências, onde cada um espera que o outro esteja ali para preencher os seus vazios.
Caso os desejos imaturos, infantis, alguns deles tendo como base sentimentos de débito ou cobrança não sejam "cumpridos", por razões de limitação da própria condição humana, ou por um dos parceiros compreender a situação de forma diferente, vai se instalando no par um clima de cobranças,mágoa,acomodação,indiferença, silêncios, raivas, conflitos, contribuindo à desestruturação conjugal.
Muitos entram no casamento baseados em suas fantasias,e pensamentos egocentrados os quais se baseiam em um clima mágico de poder à realização dos seus desejos e suas motivações. Assim sendo, nesses casais, é reforçado o entendimento "cristalizado" do conceito de complementação com conceitos referentes a não inteireza de cada um dentro do relacionamento, mas sim que cada um é a " metade da laranja".
A Terapia de Casal visa aprofundar o olhar para essas leituras de vida afetiva, suas origens, influências, levando o par a observar que o vínculo conjugal terá condições de ser melhor vivenciado através do desenvolvimento de um olhar mais atencioso para as múltiplas influências presentes nesse processo: dependência x independência, realidade x fantasia, individualidade x conjugalidade, pertencimento x diferenciação, possibilidades x limitações, mudanças x aceitação...
Compreendemos que no casal existe dois inteiros que se relacionam tendo como base afetiva seus significados mútuos e divergentes. A construção do "eu conjugal" acontece junto ao desenvolvimento do eu individual, em um percurso de idas e vindas de momentos de complementação mas também de diferenciação.
Quando os parceiros desejam o desenvolvimento do relacionamento amoroso mais próximo e saudável, necessitam empenhar atenção e energia para esse objetivo. Precisam trabalhar na identificação da necessidade dos ajustes no que se refere às suas fronteiras, papéis, funções, interesses, bem como numa maneira mais saudável de compreender e negociar essa vivência.
Lígia Oliveira- Terapeuta de Casal e Família
Compreendemos que no casal existe dois inteiros que se relacionam tendo como base afetiva seus significados mútuos e divergentes. A construção do "eu conjugal" acontece junto ao desenvolvimento do eu individual, em um percurso de idas e vindas de momentos de complementação mas também de diferenciação.
Quando os parceiros desejam o desenvolvimento do relacionamento amoroso mais próximo e saudável, necessitam empenhar atenção e energia para esse objetivo. Precisam trabalhar na identificação da necessidade dos ajustes no que se refere às suas fronteiras, papéis, funções, interesses, bem como numa maneira mais saudável de compreender e negociar essa vivência.
Lígia Oliveira- Terapeuta de Casal e Família
Obs- O texto abaixo teve como base de leitura o livro O Casal em Crise de Maurício Andolfi, Claudio Angelo e Carmine Saccu, organizadores,Sumus, 1995.
Momografia- A Dinâmica da Relação Amorosa e Terapia de Casal- Lígia Maria Bezerra de Oliveira-
Universidade Federal de Pernambuco-2005