domingo, 1 de maio de 2016

Lídar Com o Inesperado








Tudo pronto para a viagem. A medida que ia chegando ao aeroporto o casal conversava sobre suas expectativas e  seus projetos para aquela viagem,  ou seja, investiam em sonhos conjuntos.
No balcão da companhia aérea a aeromoça informa que havia um erro na data da viagem: O casal estava um dia atrasado.
Houve um movimento de desconforto, um início de reclamação, que depois foi resolvido pela disposição de juntos, reconstruirem ações positivas diante dessa imprevisibilidade. A vivência que poderia ter final pesado foi vivenciada dentro de outras possibilidades.
Como será que terminou essa história?

Ao longo das nossas vidas incorporamos, mediante histórico familiar, posturas que nos auxiliam em determinadas situações e outros comportamentos que nos dificultam, os quais tumultuam o relacionamento, com o outro e com a gente mesmo. Ficarmos atentos como nossos padrões de comportamento podem ser nossos aliados é de vital importância nesses momentos inesperados que não nos trazem boas surpresas.
É comum que nos fixemos mais no lado da situação previsível, ou seja o planejado e  o projetado. Realmente é muito prazeroso o cuidado com o palnejamento e vermos os nossos objetivos serem alcançados passo a passo. Quem não sonha com isso?
Quando nos deparamos com momentos de  impresibilidade, não positivos, vem a frustração, a raiva, o medo, a revolta, a ansiedade, sentimentos naturais em função de estarmos em um cenário que não construímos .( ? ). É natural que queiramos falar, e achar um culpado para a situação... É ruim, chato, nem sempre temos a motivação para melhorar a situação e ficamos colhendo os frutos dessa nossa reação. Paciência...E aí? Como não ficar parado nesse sentimento?

 Se olhamos ao nosso redor percebemos que existem aquelas pessoas que mesmo sentindo todos os sentimentos acima descritos, trabalham  a ação para sair desse "quadrado". Esses investem em uma postura fora da dramatização e culpabilização, tendo o cuidado para não negar, fugir e  se paralisar diante do inesperado. Sim, voce pode dizer que essas pessoas vivem dentro de outras heranças familiares, outro contextos...É possível. Todavia como refletir para uma mudança comportamental em relação ao lidar com o imprevisível?
Penso que seja importante olhar para essa "linha" do inesperado e ir traçando  as prioridades. Talvez haja a necessidade de se abrir mão de alguma coisa para se  ganhar outra.
Sabemos que nesse processo ( onde não está presente a acomodação), dependendo da situação, o estresse pode estar presente, contudo com menos peso, vez que a motivação e o  foco  para lidar com o   que está fora do nosso controle, auxilia na melhoria do nosso campo energético e consequentemente no alinhamento positivo das nossas emoções.
É significativo olharmos se temos alguma participação nesse imprevisto. Não com um olhar voltado à culpa, mas para um desenvolvimento da leitura proativa diante da vida. Avalio também ser importante um maior investimento nas nossas forças, essas entendidas como flexibilidade, leveza e pensamento voltado à ação,  mas  termos como parâmetro nossos reais limites, pois há ocasiões onde precisamos saber que o caminho não passa pelo esticar mais o elástico. Esse pode se romper.

Muitas vezes tropeçamos, demoramos um pouco no chão, nos erguemos sozinhos ou encontramos uma mão que nos ajuda a seguir em frente.É assim que recomeçamos o caminho. Caso contrário não saimos do chão.
Como todo processo de crescimento pessoal, aprender a lidar, positivamente, com o ineperado, requer irmos dando passos para adaptação da  ação  nos  momentos  em que não estamos com o controle remoto na mão.
Quem sabe se em alguns desses casos o melhor da vida não pode chegar nesse momento...
O casal da história do início do texto trouxe na sua bagagem além da lembrança de uma viagem legal um roteiro que precisamos incluir na viagem da vida: Diminuir o peso do inesperado e seguir em diante.
Refexão:
Como voce lida com o inesperado?
Lembre de alguém que voce percebe que tem sabedoria para lidar com os imprevistos
da vida.
O que gostaria de aprender sobre esse lidar com o inesperado?

                 Lígia Oliveira- Terapeuta de família e casal.